O senador discursou nesta segunda-feira sobre a importância do regionalismo e a superação das dificuldades do semiárido, como a crise hídrica.
O senador Elmano Férrer (PMDB-PI) destacou nesta segunda-feira (09) a importância da retomada do desenvolvimento regional. Em pronunciamento, no Senado Federal, Elmano Férrer afirmou que há grandes dificuldades, especialmente na região do semiárido, como a crise hídrica, e apontou a necessidade de soluções resolutivas, como a Adutora do Sertão, para abastecimento de famílias piauienses.
Segundo o senador Elmano Férrer, é preciso recuperar a eficiência de órgãos que fortalecem o desenvolvimento regional, como o DNOCs e Codevasf, que atualmente passam por dificuldades de recursos. Criticou também o sucateamento da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste). “É chegado o momento de retomarmos essa discussão do regionalismo. Não temos mais espaço para a improvisação. Nós da bancada do Nordeste temos que pensar no planejamento regional”, disse.
Elmano Férrer afirmou ainda que o grande problema do país é político. São muitas as dificuldades nas regiões, em especial, nas menos favorecidas. “No Nordeste, há mais de 50 anos, nós falamos na inclemência da seca, nas irregularidades pluviométricas e no carro-pipa, que depois de meio século, ainda está presente nos programas assistenciais do Governo. Não fomos devidamente competentes, no setor público, sobretudo os organismos regionais e Governo para realizar obras de infraestrutura, no sentido de dotar aquela região de instrumentos de convivência com a seca”, destacou o senador.
Durante o discurso, Elmano Férrer citou reservatórios de água do Piauí, que se encontram secos ou em volume morto, como por exemplo, o Açude Cajazeiras, em Pio IX, com capacidade de 24,7 milhões de metros cúbicos de água.
Adutora do Sertão
Ao final, o senador destacou o projeto da Adutora do Sertão, que visa capturar água subterrânea de excelente qualidade, no Aquífero Cabeça para abastecer a 51 municípios do semiárido do Piauí. Será realizado um Estado de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), uma etapa imprescindível para garantir subsídio ao desenvolvimento do projeto de instalação da Adutora, identificando as alternativas viáveis e a compatibilidade com os investimentos previstos.
“No nosso entendimento e no entendimento de técnicos de várias instituições, seria uma solução definitiva, por 300 anos, que abasteceria cidades, com uma segurança de que não teríamos problemas mais de variações climáticas, de seca, porque a água viria desse lençol subterrâneo no Vale do Gurgueia”, destacou.
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